PLAYTIME (Vida Moderna), de Jacques Tati (FRA-1967)
PLAYTIME (Vida Moderna), de Jacques Tati, (FRA-1967) Claro que não é um filme deste ano! Trata-se duma cópia nova de uma das geniais Obras-primas do Cinema, realizada pelo cineasta francês Jacques Tati. Sendo de 1967, é no entanto um filme avançado no tempo, na sua crítica à desumanização da “vida moderna”, dominada por máquinas e burocratas, agora de roupagens neoliberais. Neste início de século, cinquenta anos passados, quando os vejo passar em bandos, todos vestidos de igual, cinzentos, azuis ou castanhos, com gravatas a condizer e às vezes de dissonância kitsch, a caminho da reunião, do “meeting”, da assembleia de accionistas, não consigo deixar de ter vontade de soltar uma gargalhada (nem que seja para dentro). E lembro Chaplin, e lembro Tati. Também os podemos combater pelo Humor. Nesta enésima visão da obra, agora em 2004, confesso que o mais me tocou, para além da crítica à desumanização da vida moderna (actualíssima, apesar dos quase 50 anos passados
FENDA
ResponderEliminarJá li! Gostei muito. Um drama passado nos nossos inquietantes tempos actuais, em que a democracia está cada vez mais em perigo nestas sociedades, capitalistas, em que vivemos porque a mudança não é fácil. Com a comunicação social a ser utilizada para manipular os espíritos. A televisão em primeiro lugar a ser utilizada. Donos dos impérios da comunicação, apresentadoras de sucesso e os seus dramas privados. Jovens falhados, a quem poder limita. Relações humanas nos tempos em que vivemos, no seio dessa sociedade. Belo texto que tenha muita pena de não poder ir a Almada vê-lo em palco! Deve impressionar e tocar-nos pelo seu realismo. Pensar como mudar fica para nós.